O documento mais antigo invocado pelo Juízes da Confraria sempre que esta sua atribuição era contestada, o que aconteceu frequentemente, era um Alvará de D. Afonso V, datado de 7 de agosto de 1460. Nele, o rei afirma que teve conhecimento de que os “homens bons antigos do seu mister ordenaram e fizeram um hospital o qual se mantivesse às suas próprias custas no qual continuamente estivessem doze camas para pobres e uma casa para uma hospitaleira que os lavasse e lhes fizesse as camas e provesse do que houvessem mister…” e que com isso tinham “grandes despezas para as quais não tinham de renda mais que trinta reis e um par de frangos…”, pelo que pediam ajuda ao rei, sob pena de não poderem continuar a suportar o serviço.
Tendo o rei confirmado esta informação, e que o que recebiam por seu trabalho “aos ditos ourives antigamente ordenaram por Serviço de Deus que fossem para o dito Hospital, e que todos os que para a dita veadoria fossem pertencentes por seus tempos suportassem o trabalho de buscar, e marcar, e afinar os pesos, e balanças, segundo lhes pertencia sem haverem para si coisa alguma, como antes haviam…”.